Valores
Pode até ser um método eficaz contra o medo, mas existe um ainda mais contundente. É deixar-se envolver pelo incerto, pelo inseguro, origem de todo o medo: o desconhecido. É saber-se impermanentes de tudo, entendendo que a única certeza que existe é a incerteza, a impermanência de todas as coisas. Porque nada permanece o mesmo em si mesmo, nem mesmo por um minuto. Tudo é fluídico incerto, inseguro, essa é a única realidade.
Sentimos medo porque desejamos certeza, queremos segurança. Mera ilusão. Delírio de acreditar que possa existir algo seguro e certo, onde em a natureza, nada dura, tudo se modifica. Então, o medo desaparece quando percebemos que o desconhecido nada mais é que uma sucessão de acontecimentos no momento presente. Tudo se passa no aqui e no agora, o sabor das horas.
Jamais poderíamos prever o amanhã. Pela lógica, não existimos além do momento presente e do espaço que chamamos aqui, o restante é tudo mera e tola ilusão, criada por nossa mente ansiosa. A libertação do medo chega quando abdicamos a procura pela segurança num amanhã incerto.
A harmonia está na sabedoria do incerto, do inseguro, do desconhecido. Nada em si se conhece, não temos acesso à estrutura mais profunda das cadeias de saberes de cada evento quântico. Não somos, também, vulgar peteca a voar nas mãos da divindade. Somos iguais ao marinheiro aflito, que ajusta a vela na direção do vento, sabedor do rumo, mas sem a noção clara do destino.
É como se a dor fosse inteligente e soubesse a sua função. Por isso é muito interessante prestar atenção nas coisas do mundo, nas atitudes e nas almas que nos cercam. Quando a profunda misericórdia adentra no coração dos homens, o sentimento de esquecimento de si e dos demais, sabendo-se correto e perfeito, calmo e sábio, ilumino o coração do justo. Impedindo que em sua mente cresçam as toxinas mentais da raiva, da revolta, da inveja, do ciúme, da vaidade, do orgulho, do egoísmo.
Só supera a si mesmo quem tem coragem para olhar para dentro de si. É preciso um esforço gigantesco para perceber que somos também imperfeitos na imperfeição, e que o conjunto de todas as imperfeições torna tudo perfeito em si, no eternamente imutável que é a criação pura da causa máxima da natureza.
Cada ensinamento precisa ser experimentado. Cada conhecimento precisa ser exercitado e sentido. Um aluno que não vive o que aprende, é como escritos na areia, que a onde insiste em apagar.
É uma realidade que todos presenciamos o desejo incontrolável de não sofrer ou de não se expor a dor, como se isso realmente fosse possível numa dimensão material. É o nosso ego que nos cego, e nos impede de enxergar o óbvio, a dor é instrumento pedagógico favorável a nossa evolução pela matéria. Desde a gravidade até a fome, tudo é reflexo da dor que a matéria nos infringe, desde as mais simples insônias até as mais graves patologias.
O melhor aprendiz é aquele que permanece aberto para aprender. Sofremos porque não compreendemos a necessidade de sofrer, de estar aqui. Mas os ensinamentos são claros, e eis que vos digo toda dor é útil na evolução de cada consciência. É a eficaz ferramenta do amor de Deus, suave toque que nos recoloca no caminho.
Cada existência nova prova e, por isso a sagrada etapa de estar reencarnado, em corpo santo, para a evolução do Espírito. Retornar à Terra, em corpo humano, ofertado por Deus, é tão raro quanto um mesmo pólen ser transformado em mel pela mesma abelha, tão raro quanto uma mesma molécula de água cair em chuva no mesmo ponto que um dia caiu.
Portanto, que possamos usar a sagrada oportunidade que nos foi dada, para melhorar esse mundo de violência, para que as coisas espirituais tenham mais importância que os valores materiais: que as virtudes, sejam mais importantes que as posições profissionais; que a sabedoria seja mais importante que o salário; que o amor seja mais importante que o cargo; que o perdão seja mais importante que o carro; que a serenidade seja mais importante que a casa; que a felicidade seja mais importante que o título acadêmico; que a família seja mais importante que o sexo desvairado.
A calma é virtude preciosa no coração de quem já foi bastante acelerado para saber que velocidade só traz desgraça. Os movimentos leves e suaves, lentos e atenciosos, são reflexos de uma mente controlada, instruída e altamente adestrada.
O silêncio mental é igual a lago calmo durante a brisa do entardecer, quando o crepúsculo toca suavemente a fina lente de água tranquila, com esparsos ramos de aguapés a boiarem na lentidão da paciente natureza que a tudo rege. O sopro suave do vento é toque macio a relembrar com gratidão todos os momentos felizes que passaram, indicando um maravilhoso futuro de esperanças no trabalho edificante.
O poente avermelhado é campainha de amor a lembrar, com doçura, a todos os filhos amados que se voltam ao Pai em profundo agradecimento pela nova oportunidade de aprendizado. O estudo e o autoconhecimento fazem do platônico “conhece-te a ti mesmo” um caminho certo para a elevação dos corações aturdidos e, para isso, se faz necessário que estejamos preparados para caminhar a milha a mais; que estejamos dispostos a dar a capa e a túnica; que estejamos compelidos a amar além de nós mesmos, até que caia a mascara da mentira e da ilusão.
É um jogo, aprender a escutar e se afastar do duelo das vaidades, a dança teatral do completo delírio, em que almas precisam ser resgatadas da crença equivocada de si mesmas.
Quando o sentimento de profunda gratidão inflar a consciência de todos os seres humanos, todos serão inevitavelmente impulsionados ao amor sincero e despretensioso, ao desinteresse total de suas ações, ao devotamento irrestrito à todos os que clamam por ajuda para sair do lamaçal da ilusão. Essa gratidão pode ser sentida e inspirada, é algo muito vivo, assim como o amor, porque percebemos que muitas vezes não fomos merecedores do que recebemos e, pela misericórdia divina, mesmo assim recebemos.
Fakir, Espírito
Sentimos medo porque desejamos certeza, queremos segurança. Mera ilusão. Delírio de acreditar que possa existir algo seguro e certo, onde em a natureza, nada dura, tudo se modifica. Então, o medo desaparece quando percebemos que o desconhecido nada mais é que uma sucessão de acontecimentos no momento presente. Tudo se passa no aqui e no agora, o sabor das horas.
Jamais poderíamos prever o amanhã. Pela lógica, não existimos além do momento presente e do espaço que chamamos aqui, o restante é tudo mera e tola ilusão, criada por nossa mente ansiosa. A libertação do medo chega quando abdicamos a procura pela segurança num amanhã incerto.
A harmonia está na sabedoria do incerto, do inseguro, do desconhecido. Nada em si se conhece, não temos acesso à estrutura mais profunda das cadeias de saberes de cada evento quântico. Não somos, também, vulgar peteca a voar nas mãos da divindade. Somos iguais ao marinheiro aflito, que ajusta a vela na direção do vento, sabedor do rumo, mas sem a noção clara do destino.
É como se a dor fosse inteligente e soubesse a sua função. Por isso é muito interessante prestar atenção nas coisas do mundo, nas atitudes e nas almas que nos cercam. Quando a profunda misericórdia adentra no coração dos homens, o sentimento de esquecimento de si e dos demais, sabendo-se correto e perfeito, calmo e sábio, ilumino o coração do justo. Impedindo que em sua mente cresçam as toxinas mentais da raiva, da revolta, da inveja, do ciúme, da vaidade, do orgulho, do egoísmo.
Só supera a si mesmo quem tem coragem para olhar para dentro de si. É preciso um esforço gigantesco para perceber que somos também imperfeitos na imperfeição, e que o conjunto de todas as imperfeições torna tudo perfeito em si, no eternamente imutável que é a criação pura da causa máxima da natureza.
Cada ensinamento precisa ser experimentado. Cada conhecimento precisa ser exercitado e sentido. Um aluno que não vive o que aprende, é como escritos na areia, que a onde insiste em apagar.
É uma realidade que todos presenciamos o desejo incontrolável de não sofrer ou de não se expor a dor, como se isso realmente fosse possível numa dimensão material. É o nosso ego que nos cego, e nos impede de enxergar o óbvio, a dor é instrumento pedagógico favorável a nossa evolução pela matéria. Desde a gravidade até a fome, tudo é reflexo da dor que a matéria nos infringe, desde as mais simples insônias até as mais graves patologias.
O melhor aprendiz é aquele que permanece aberto para aprender. Sofremos porque não compreendemos a necessidade de sofrer, de estar aqui. Mas os ensinamentos são claros, e eis que vos digo toda dor é útil na evolução de cada consciência. É a eficaz ferramenta do amor de Deus, suave toque que nos recoloca no caminho.
Cada existência nova prova e, por isso a sagrada etapa de estar reencarnado, em corpo santo, para a evolução do Espírito. Retornar à Terra, em corpo humano, ofertado por Deus, é tão raro quanto um mesmo pólen ser transformado em mel pela mesma abelha, tão raro quanto uma mesma molécula de água cair em chuva no mesmo ponto que um dia caiu.
Portanto, que possamos usar a sagrada oportunidade que nos foi dada, para melhorar esse mundo de violência, para que as coisas espirituais tenham mais importância que os valores materiais: que as virtudes, sejam mais importantes que as posições profissionais; que a sabedoria seja mais importante que o salário; que o amor seja mais importante que o cargo; que o perdão seja mais importante que o carro; que a serenidade seja mais importante que a casa; que a felicidade seja mais importante que o título acadêmico; que a família seja mais importante que o sexo desvairado.
A calma é virtude preciosa no coração de quem já foi bastante acelerado para saber que velocidade só traz desgraça. Os movimentos leves e suaves, lentos e atenciosos, são reflexos de uma mente controlada, instruída e altamente adestrada.
O silêncio mental é igual a lago calmo durante a brisa do entardecer, quando o crepúsculo toca suavemente a fina lente de água tranquila, com esparsos ramos de aguapés a boiarem na lentidão da paciente natureza que a tudo rege. O sopro suave do vento é toque macio a relembrar com gratidão todos os momentos felizes que passaram, indicando um maravilhoso futuro de esperanças no trabalho edificante.
O poente avermelhado é campainha de amor a lembrar, com doçura, a todos os filhos amados que se voltam ao Pai em profundo agradecimento pela nova oportunidade de aprendizado. O estudo e o autoconhecimento fazem do platônico “conhece-te a ti mesmo” um caminho certo para a elevação dos corações aturdidos e, para isso, se faz necessário que estejamos preparados para caminhar a milha a mais; que estejamos dispostos a dar a capa e a túnica; que estejamos compelidos a amar além de nós mesmos, até que caia a mascara da mentira e da ilusão.
É um jogo, aprender a escutar e se afastar do duelo das vaidades, a dança teatral do completo delírio, em que almas precisam ser resgatadas da crença equivocada de si mesmas.
Quando o sentimento de profunda gratidão inflar a consciência de todos os seres humanos, todos serão inevitavelmente impulsionados ao amor sincero e despretensioso, ao desinteresse total de suas ações, ao devotamento irrestrito à todos os que clamam por ajuda para sair do lamaçal da ilusão. Essa gratidão pode ser sentida e inspirada, é algo muito vivo, assim como o amor, porque percebemos que muitas vezes não fomos merecedores do que recebemos e, pela misericórdia divina, mesmo assim recebemos.
Fakir, Espírito
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