Humildade

Irmão,

Tentei por várias reencarnações, definir o que é humildade. Muitas das tentativas, porém, sem sucesso.

Precisávamos mais do que sentimentos, controle das emoções, não reação e não violência. Humildade é mais do que autocontrole.

Humildade é conhecimento de si mesmo e do mundo. Digamos é a virtude das mais díficeis de ser adquirida. Tornar-se naturalmente humilde é objetivo de uma trajetória longa.

Sim, o humilde se rebaixa. Sim, o humilde não reaje à humilhação, e ao achaque. Sim, o humilde não se vinga, não se ressente, não ousa.

O humilde nem sequer pensa em outra alternativa a não ser amar quem quer que atravesse o seu caminho. O humilde é, segundo a competição humana na terra, o mais fraco, o bobalhão, o trouxa, o otário.

Mas, em Espírito, o humilde é aquele que aprendeu com as lutas do caminho, quem mais evoluiu, quem mais obedece a Deus, quem é rico de valores e virtudes, aquele mais querido, que não julga, não reclama, não critica.

Para ser humilde é necessário andar não uma, mas milhares de vezes, pelo vale de dor, repleto de carne e ossos. Aceitar a humildade é não competir, não argumentar, não discutir, mas calar e silenciar.

A grande maioria de humildes não é conhecida na terra. São simples, desfalidos, pobres de posses e títulos. Os humildes carregam um grande fardo: o da regeneração de espíritos endurecidos, reencarnados na terra. Grande missão.

Continuemos tentando, quem sabe um dia, cheguemos lá.

Krishnamurti, Espírito

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