Abandonando o fluxo

Vocês tem me escutado. Isso não é algo que se possa aprender em 1, 2, 3 anos. É prática diária. A realidade é o seu mundo interno. O observador é responsável pela coisa que observa. Neste caso, o observado é o observador. Posso dar três exemplos bem simples:

Se você vê o mundo como uma guerra, significa que o seu universo interno está em guerra, porque você é o resto do mundo.

Você é o que você acredita. O pensamento, neste caso é um demônio. Causa de todo o mal, o pensamento faz sofrer e gerar toda variedade de dores. É possível não pensar? Sim, vivendo no presente, abandonamos o hábito de pensar.

Esvaziar a si mesmo, buscando a iluminação através da percepção de que tudo está numa realidade sutil, perceptível pelo pensamento e fora da matéria.

Os objetos, nesse caso, é apenas a materialização grotesca do pensamento. Única forma de abandonar o fluxo é através da morte de si mesmo, derrotando o personalismo orgulhoso, que nada mais é que um acúmulo de memórias.

Viver no presente, com a mente vazia de preconceitos e idéias descabidas, olhando os objetos tais quais são. Sem apegos desnecessários.

O apego gera o medo de perder. O medo de perder gera o ciúmes. O ciúmes gera a inveja. Tudo entrelaçado num ciclo de dor criado pela própria mente, por pensamentos de ganância, egoísmo e amor-próprio.

Sair desse fluxo é viver realmente, transcendente. Realidade única que ultrapassa os limites de qualquer crença. Liberte-se através do poder do agora, do poder do não-pensar e do amor que disso resulta.

Desejo que todos vocês alcancem a felicidade plena.

J. Krishnamurti, Espírito que venceu o medo.

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